Por: Patrícia Miri Dias
Economias desenvolvida e subdesenvolvida: o fator emprego
Economias desenvolvida e subdesenvolvida: o fator emprego
O grau de desenvolvimento do mercado de cada país é um indicador muito
importante a ser analisado.
Existem acentuadas diferenças mercadológicas entre as economias
desenvolvidas e subdesenvolvidas. Dentre essas, cumpre destacar e melhor se
aprofundar na existência do pleno emprego presente nas nações de primeiro
mundo, tão almejada pelas economias de inferior nível de desenvolvimento.
Pleno emprego dos recursos produtivos representa uma situação em que
todos os fatores de produção da economia estão empregados. Observando de modo
especial o fator trabalho, pleno emprego desse fator é atingido quando a
economia atinge seu nível máximo de empregabilidade. Isto é, uma economia em
que toda a mão de obra disponível encontra-se empregada, sem capacidade ociosa.
Sem desemprego.
Nas economias subdesenvolvidas o desemprego pode ser classificado em
três tipos distintos: o conjuntural, o incremental e o qualitativo.
O desemprego conjuntural seria mais um problema em curto prazo. Trata-se
de um desemprego que pode ser potencialmente reduzido através de políticas de
expansionistas, pois geralmente é consequência de uma crise. Esse tipo de
desemprego ocorre tanto em economias desenvolvidas como em subdesenvolvidas
(MAGALHÃES, 2009).
Já o desemprego incremental ocorre quando a geração de novos postos de
trabalho de um país é menor do que a taxa de novos ingressantes no mercado de
trabalho (MAGALHÃES, 2009), isto é, para uma economia ter sua taxa de
desemprego incremental diminuída, precisa crescer além da demanda de
trabalhadores novos, caso contrário ocasiona-se o aumento de trabalhadores
informais. A solução para esse tipo de desemprego é a aceleração do
crescimento.
Para o entendimento do desemprego qualitativo, faz-se necessária uma
comparação entre os dois níveis de desenvolvimento. Suponhamos que uma economia
subdesenvolvida emprega 70% da sua mão de obra na produção de 100 toneladas de
soja, porém essa mesma quantidade de soja é produzida em outro país
desenvolvido com apenas 10% desses trabalhadores, devido ao uso de tecnologias
de ponta, então se conclui que o desemprego qualitativo do país subdesenvolvido
é de 60%, pois se esse país emergente dispusesse da
mesma tecnologia que a outra nação, os 60% restantes desses
trabalhadores estariam desempregados. (MAGALHÃES, 2009).
O desaparecimento do desemprego qualitativo somente acontecerá com o
pleno desenvolvimento do país.
Porém, um país como o Brasil tem sua produtividade especializada no
setor de commodities agrícolas e, consequentemente, um baixo valor agregado por
trabalhador, o que impossibilita a extinção do desemprego qualitativo, cuja
eliminação depende de se obterem níveis de produtividade não inferiores aos dos
atuais países desenvolvidos (MAGALHÃES, 2009).
MAGALHÃES, João P.A. Macroeconomia do
Emprego Desafios ao Desenvolvimento Brasileiro: contribuições do conselho
de orientação do IPEA. v.1, Brasília, março, 2009.
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