Por VINICIUS SCHNEIDER DA SILVA
Propensão Marginal a Consumir
Conforme Keynes é a propensão a consumir e o nível do investimento que irão determinar o nível de emprego, que determinará o nível de salários.
A teoria geral keynesiana afirma que o emprego só pode aumentar juntamente com o investimento, a não ser que ocorra uma mudança na propensão a consumir. Keynes estabelece uma relação entre a renda e o investimento, e entre o emprego total e o emprego diretamente ligado ao investimento. A esta relação Keynes chama de multiplicador, o qual, dada a propensão a consumir, estabelece uma ligação entre o fluxo de investimento e os volumes agregados do emprego e da renda.
Segundo Keynes o fator principal para determinar o quanto será gasto para consumo em uma dada comunidade é o seu volume de renda. Assim a estabilidade da propensão a consumir esta na medida em que a renda da comunidade se eleva, eleva-se também o consumo, e a medida que a renda da comunidade diminui, diminui também o consumo. Mas há uma distinção entre a quantidade do consumo e a propensão a consumir, isto é, entre uma quantidade e uma curva. A quantidade do consumo não é estável, porque depende da renda, a qual, por seu tempo, não é estável porque o incentivo ao investimento não é estável.
Pode ocorrer mudanças na politica tributária do governo (de taxação e de despesas), mudanças substanciais na taxa dos juros e mudanças bruscas nos valores de capital, tal como as que ocorrem durante uma expansão ou numa bancarrota da bolsa. Colocando de lado uma política fiscal de um tipo não convencional.
Para Keynes a distribuição de renda é o determinante que implica no quanto se gastará no consumo de uma determinada renda de uma comunidade.
A tributação progressiva reduz as desigualdades da renda, porque absorve parte relativamente maior das rendas dos ricos do que das rendas dos pobres, e, por conseguinte, produz certo desafogo na procura insuficiente das economias capitalistas.
Uma das principais características dos modernos países capitalistas é a grande desigualdade na distribuição de renda, que é a consequência da concentração da propriedade produtora de renda em mãos de uma pequena fração da população total. Assim, a ampliação da desigualdade de renda e de riqueza tende a fazer baixar a propensão a consumir. Quanto menor é a propensão a consumir, maior a dependência do investimento a que se sujeita a economia para a manutenção de uma alto nível de emprego e renda.
O consumo no Brasil cresceu muito nos últimos anos, e, graças a ele, o resultado do PIB nos últimos anos foi positivo. Celular, carro, ou simplesmente aquele prato de comida que mata nosso desejo.
A economia está cheia de teorias para explicar o consumo humano. Uma que a gente encontra em vários livros é a que fala da propensão marginal a consumir que foi citada acima . Em outras palavras, analisa o que acontece com o consumo quando há um acréscimo na renda.
Segundo essa teoria, as duas coisas não crescem na mesma proporção. A partir de certo ponto, a renda pode até continuar aumentando que o consumo vai desacelerar. Essa não é uma teoria nova, mas até hoje inspira outros estudos.
Os brasileiros nos últimos anos aprenderam a consumir ou a chamada classe média brasileira tem uma propensão muito alta a consumir tudo o que ela conquista de renda adicional, porque ela não conseguia se satisfazer durante muito tempo e, quando as condições de renda melhoram, naturalmente vai saciar essa demanda reprimida.
A nova classe média brasileira, maioria da nossa população, está neste ponto, no limite em que o aumento de consumo ainda é proporcional ao aumento de renda. Agora, é preciso que o governo e os trabalhadores aprendam a transformar aumento de salário em poupança, em investimento para no futuro não tão distante e já estamos presenciando este momento de estagnação e inflação no ano de 2013 conforme nosso governo não se prolongue por vários outros anos. O brasileiro, por sua formação, falta de conhecimento, pelo seu modo de ser, é extremamente voltado para o desfrute do momento. A nova classe média brasileira tem que mudar de comportamento se quiser consolidar a melhora de vida que teve nos últimos anos. Não é porque está em promoção ou porque aparentemente tem uma oferta sedutora que as pessoas precisam consumir de forma desvairada. O consumo consciente talvez seja um dos pontos que não foi estabelecido nessa nova sociedade.
Bibliografia
Keynes, John Maynard. Teoria Geral do Emprego - do Juro e da Moeda - Col. Clássicos da Economia ed. Saraiva
Garcia, Manuel E.; Vasconcellos, Marco Antonio S.. Fundamentos de Economia - 4ª Ed. 2012 ed Saraiva
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